quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Segredos...


Sempre foi motivo de divergência entre os médicos a influência das emoções no corpo humano. Eles nunca chegam a um acordo se guardar os sentimentos ou descarregar aumentam as chances de problema cardíacos e infarto, cada hora dizem alguma coisa, porém de algo eu tenho certeza: O stress é a causa de tudo.Por experiência própria, e pelo turbilhão que tenho passado nos últimos meses, digo que não devemos guardar aquilo que nos incomoda, assim como também temos que saber liberar da forma correta para não sermos injustos e nem machucar ninguém.Eu sempre tive esse problema, de guardar tudo que sinto (característica que talvez eu possa dizer que herdei do meu pai, uma vez que minha mãe se explode a toa), isso pode poupar as pessoas que convivem conosco, mas nos faz muito mal a médio e longo prazo, acabando por vir tudo de uma vez de forma muito violenta. Quando isso acontece, as emoções são tão intensas que os pensamentos se tornam desordenados, e vc acaba agindo por impulso, é exatamente nesse impulso que vc pode acabar dizendo e fazendo coisas graves, das quais vc pode se arrepender profundamente.
Direta e indiretamente magoei pessoas, pessoas que querem o meu bem, que se preocupam e estão dispostas a me ajudar, e o mais grave, quem eu amava...
Essa dualidade de pensamentos e sentimentos causam uma confusão muito grande, como se houvesse dentro de mim duas almas, cada uma com sentimentos distintos.
Pensamentos têm me desgastado muito nos últimos meses, têm me destruído internamente, tudo porque venho a sucumbir as suas investidas e me deixar levar pela raiva e pelo impulso.
Quando optamos pelo ego e orgulho, temos que aprender a lidar com as conseqüências destes, e na minha atual fragilidade, não tenho a estrutura necessária para suportar a saudade, as lembranças, o carinho, e a dor.
Às vezes precisamos renunciar nosso orgulho quando vemos que é a única opção para amenizar o que nos aflige, mesmo que contrarie o senso comum.
Não suportando mais, ontem tomei uma atitude impulsiva de certa forma, e resolvi “enfrentar o abismo”. Apesar da opinião do universo dizendo que era um erro e que poderia trazer conseqüência graves, minha intuição dizia que eu precisava fazer aquilo.
A sensação era como um corte infeccionado, longo e profundo, que por conta da infecção a anestesia não faz efeito mas que para evitar um dano maior, deve ser costurado a sangue frio.
Eu não tive medo, pois minha intuição nunca me deixou na mão, muito pelo contrário, ir contra ela sempre me colocou em situações desagradáveis, mas isso não fez com que não fosse tão doloroso ainda que necessário.
Não lembro quantas horas se passaram, mas pude refletir melhor e chegar a conclusões sensatas:
  • Quando os sentimentos são priorizados, a mente entra em colapso.
  • Com a mente em colapso, vc acaba pensando coisas nocivas e irreais.
  • Pensamentos insistentes geram atitudes impulsivas, uma vez que sua mente não está raciocinando coerentemente.
  • Atos impulsivos podem gerar conseqüências gravíssimas, tanto para vc quanto para as pessoas ao redor.
  • Odiar uma pessoa é uma forma de mentir para si mesmo quando na verdade vc ainda a ama.
Após esse encontro, até o momento não sei definir o que sinto. É como se fantasmas tivessem se calado, e eu estivesse em silêncio absoluto interiormente, a paz que durante todos esses meses eu procurava e finalmente chegou.
Pensei que ia descansar enfim, por a cabeça no travesseiro e dormir tranqüilamente, porém a mente é uma coisa que muitas das vezes não temos controle.
Sonhos vieram, mas não num tom de tormenta e agressão, mas imagens de doces lembranças adormecidas de algo que não irá voltar mas que talvez se transforme em outra coisa tão boa quanto.
 O suco de laranja com gelo que eu tanto amava, a lata em forma de cofre, a pilha de LPs no canto do quarto onde eu revirava e acabava achando um vinil do A-ha e o do Phil Collins que eu tanto queria mas que nunca pôde ser meu, a minha chave onde parece que meu coração ficou aprisionado para sempre no momento que a entreguei naquela praça (o que faz me sentir morta por não poder amar mais ninguém por hora), e é claro, o rosto e o abraço da pessoa que tanto amei. Eu costumo dizer que “para sempre” é tempo demais, mas no momento é isso que eu sinto mesmo vc estando com outra pessoa, sinto que ainda te amo e amarei por um bom tempo...
E para encerrar esse post, a música que pensei ser a trilha de tudo que vivemos, mas que na verdades agora percebi que ela se referia a mim mesma o tempo todo...




Adeus meu amor...


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