sábado, 15 de setembro de 2012

Guia de Sobrevivência ao fim de namoro - Parte 2

As vezes é difícil conviver com pensamentos invasivos e sentimentos persistentes, ainda mais quando se trata de alguém que gostamos e tivemos uma história, ainda que curta.
Muitas das vezes optamos por odiar certa pessoa, pois no fundo é menos doloroso tomar antipatia a reconhecer que ainda ama e sente falta dele ao seu lado.
Hoje acordei dessa forma, pensamentos invasivos e sentimentos que ainda persistem feito o pó que ainda insiste em se depositar nos móveis mesmo após a limpeza.


Realmente é complicado reconhecer isso depois de tanta coisa, porém esse é o primeiro passo rumo à “cura”, o segundo seria querer, até porque a vida não pode parar em prol de algo notoriamente perdido.
Baseado nisso, vou deixar um texto apresentado a muito tempo no programa da Ana Maria Braga que sempre trago comigo e que sintetiza bem essa dorzinha chata pós término.

"Como aliviar a dor do que não foi vivido?"
Sabia que viver não dói.... O que dói é a vida que não se vive.
Definitivo, como tudo o que é simples nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável....um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos....
Por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos....
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade Interrompida....
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar... Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais”. (Emílio Moura)

Baseado nisso, em minha ociosidade achei na rede o “Manual do Desapego”, muito útil para qualquer tipo de relacionamento. (Fonte: antipatia.wordpress.com)

INTRODUÇÃO

O desapego é um eterno exercício. Não é porque seguirá as regras aqui desenvolvidas que você conseguirá, de fato, se desapegar. As personalidades não deixam. O que é importante ter em mente é que não basta seguir o programa uma única vez, mas sim tornar o Manual do Desapego um estilo de vida. Se você está certa de que é esse o caminho que quer seguir, vá em frente. Se não, pare agora mesmo.
Não adianta aplicar o exercício só para algumas situações. É preciso fazer disso uma filosofia, uma rotina. Você precisa sim mudar a sua personalidade apegada.

CAPÍTULO 1 – Foda-se!

O mais importante mantra do desapego é o “Foda-se”. Aliás, esse é um mantra que deveria servir para a sua vida sempre. Seu chefe te odeia? Foda-se! Está chovendo lá fora e você vai despentear seu cabelo? Foda-se! Seu amigo acha sua saia feia? FODA-SE

Saber dizer foda-se é o primeiro passo para viver em harmonia com o mundo. Porque o mundo é uma merda. E não há nada que você possa fazer para mudar isso. O Bono tenta. Ele conseguiu? Não. O Al Gore tenta. E estamos aí, preferindo automóveis a metrô. Ninguém vai mudar o mundo de uma hora pra outra. E tem aquela história de que vamos todos morrer um dia, não é? Pois é. Vamos mesmo.
Não me leve a mal. Eu realmente acredito que a gente deve fazer a diferença quanto às mudanças climáticas. Acho que todo mundo deve se motivar a mudar o mundo. Mas se você não consegue você vai fazer o quê? Sentar e chorar? NÃO!
Você vai levantar a cabeça e gritar para o mundo: FODA-SEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
Porque se você vai morrer um dia, todo mundo também vai. E se você fez a sua parte talvez você realmente seja um dos sobreviventes que poderá olhar para toda a humanidade e falar: I TOLD YOU SO.

CAPÍTULO 2 – Eu sou mais eu


Gostar de si mesmo é um ponto fundamental na arte do desapego. Não adianta nada você odiar todo mundo se você é um bosta. Se você é um bosta nem você mesmo vai aguentar viver só com você mesmo.
Por isso, se olhe no espelho e dê risada dos seus defeitos. Não é para olhar no espelho e dizer que você ama seu queixo, sua boca, seus olhos, seu cabelo… É para olhar e falar: Eu sou gorda, meu cabelo é feio, meu olho é torto… Por que todo mundo tem defeitos. E você precisa aceitar os seus. E amá-los. Profundo, né?

CAPÍTULO 3 – Ninguém é tão foda


Como eu disse, todo mundo tem defeitos. Fique com isso em mente sempre que conhecer alguém. A gente pode estar morrendo de amores por alguém, mas tem que ter em mente tudo o que aquela pessoa tem de pior: Ele é muito simpático, mas é feio. Ele me trata muito bem, mas demora para tomar uma atitude. Ele é perfeito para mim, mas não me quer. Tudo tem um mas. Tudo tem um porém. Para se desapegar é importante focar no porém. O porém é justamente aquilo que você vai usar quando precisar se desapegar daquele ex grudento. Saber os defeitos ajuda para que você também não morra de amores por alguém. Morrer de amores não é saudável. Lembre-se, você precisa morrer de amores por você. Você gosta dos SEUS defeitos. Mas os defeitos dele são patéticos. Você se irritaria se vivesse duas semanas com uma pessoa com esses defeitos!

CAPÍTULO 4 – EU NÃO AGUENTO


Saber os defeitos das pessoas não deve te afastar delas? Deve apenas te dar um limite.Você precisa sempre ponderar se aqueles defeitos são toleráveis ou não. Se são toleráveis, em que nível de convivência? Você aguentaria passar um final de semana com aquela pessoa? E vê-la todos os dias da sua vida? Falar ao telefone com ela te incomoda? Essa técnica também ajuda a escolher amigos e pode muito bem ser aplicada com a maldade. Se você sabe o que você não gosta nos seus amigos, sabe qual deve ser a quantidade de vezes que vocês podem se encontra por semana para que a amizade seja duradoura.

CAPÍTULO 5 – Saiba de quem se desapegar


É muito importante que você saiba de quem se desapegar. Mas essa técnica só virá quando você tiver dominado os 4 passos anteriores desse programa super eficiente.
Família não deve ser vítima do desapego. Alguns amigos também não. É para isso que você dominou o passo descrito no capítulo 4. Você deve saber a que distância ficar para não torná-los vítimas do seu ódio.
Ame sua família, ame seus amigos, ame seu pet. Pets, aliás, não devem NUNCA ser vítimas do desapego.

CAPÍTULO 6 – Direcionamento


Falhas virão. Ninguém (nem mesmo eu) consegue ser totalmente desapegada. Se consegue é meio psicopata e isso é bom. Porque ninguém quer ser apegado a uma psicopata.
Se as falhas acontecerem é importante que você direcione a sua tristeza ou raiva ou whatever para algo.
Se você é uma pessoa violenta, tenha uma almofada, um bichinho de pelúcia vesgo e um taco de baseball sempre por perto. Um stress toy também deve funcionar.”
Bem... Com isso tudo, já tenho a munição necessária pra continuar seguindo minha vida e deixar esse perdedor pra trás!

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