quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Guia de Sobrevivência: Epilepsia, o que fazer???

Lembram no domingo, quando deixei de fazer um post duplo por conta do cansaço e de uma dor de cabeça insuportável que estava? Bem, esse era o assunto de um dos posts, “como ajudar uma pessoa durante um ataque epiléptico”. A inspiração para escrever sobre, foi por conta de duas lembranças que tenho. Uma era uma moça vizinha de onde eu morava. Eu já tinha ouvido sobre as suas crises, mas nada é tão chocante (na época eu tinha 12 anos) quanto presenciar uma. E a outra, foi a cerca de 2 anos atrás, no trem voltando do trabalho, um rapaz teve uma crise, e todos ficaram preocupados mas não sabiam o que fazer (inclusive eu), então veio a idéia desse post com informações retiradas de diversas fontes na web. Vamos lá? Mas antes, vamos entender um pouquinho do que é a epilepsia:

O que é?
A epilepsia é uma perturbação neurológica que se caracteriza por episódios súbitos de disfunção cerebral. Apresenta-se como perdas de consciência ou crises de convulsões localizadas ou generalizadas, de maior ou menor intensidade. Um ataque epiléptico surge de uma perda de consciência súbita, que pode provocar lesões ou contraturas musculares, devido à queda desamparada provocada pelo desmaio.
Na maioria das vezes, durante um ataque, o doente pode morder a língua, espumar ou mesmo urinar. Terminado o ataque, a vítima pode entrar num período de prostração, ficando abatida ou desorientada, contudo, depressa recupera e volta ao seu estado normal sem se recordar do sucedido.
Uma crise epiléptica divide-se em três fases distintas:

* Fase 1: o doente começa por dar um grito, em seguida perde a consciência e cai no chão. Imediatamente os seus músculos começam a contrair, contracção essa que dura entre 10 a 20 segundos.

* Fase 2: todo o corpo da vítima sofre uma série de tremores impossiveis de controlar, com sucessivas contrações e descontrações de toda a musculatura. Este período dura entre 30 a 120 segundos, a respiração pára, o pulso acelera e a produção de saliva aumenta.

* Fase 3: neste momento as convulsões já cessaram, surge o relaxamento muscular que, em algumas situações, pode levar a uma falha involuntária dos esfíncteres e a urina involuntária. O doente recupera a consciência sem se lembrar do sucedido, geralmente confuso e sonolento. Esta fase pode durar entre 2 a 25 minutos.
 Depois de um ataque epiléptico pode dar-se o caso de surgirem novas convulsões, quando isto acontece ininterruptamente dá-se o nome de Estado Epiléptico. Se a vítima não for assistida o estado epiléptico pode durar horas e se não lhe for administrado tratamento adequado, a sequência de convulsões pode originar lesões graves. O ataque dura normalmente poucos minutos, mas a vítima pode permanecer inconsciente durante um período que pode prolongar-se por meia hora. Em alguns casos, segue-se um período de sonolência com desorientação ao acordar, dores de cabeça e estonteamento, que pode persistir durante alguns dias.

Saiba o que fazer perante uma crise epiléptica?

- Permaneça calmo e vá controlando a duração da crise, olhando periodicamente para o relógio.
- Tente amparar a queda da vítima para evitar lesões graves. Ampare-a até ao chão.
- Dê espaço a vítima. Afaste os objetos próximos e as pessoas, crie um espaço de segurança a redor da vítima, procurando tornar a zona tranqüila para que ela possa respirar melhor.
- Apoie a cabeça do doente no seu colo para evitar traumatismos com uma toalha ou um casaco dobrado debaixo da cabeça da pessoa.
-Coloque um pano dobrado na boca do doente, entre os dentes para não morder a língua.
-Desaperte as roupas que comprimam o pescoço, o tórax e a cintura.
- Veja se a vítima traz consigo qualquer cartão que tenha informações de emergência.
- Permaneça com a pessoa até que recupere os sentidos e respire normalmente.
-Quando a crise terminar, coloque o doente na Posição Lateral de Segurança (PLS) até que recupere por completo;
- Se a crise dura mais do que 5 minutos ou inicie uma segunda crise, chame uma ambulância para transportar o doente até uma unidade hospitalar.

 
O que não deve fazer:

- Não agarre a vítima para tentar conter as convulsões forçando-a a ficar quieta,
- Não interfira. Só se deve tentar deslocar uma vítima de ataque epiléptico se ela estiver em perigo, como, por exemplo, numa rua movimentada.
- Não introduza qualquer objecto na boca nem tente puxar a língua (a teoria de que as pessoas podem "enrolar a língua" e asfixiar não tem fundamento), pois por conta das contrações e movimentos involuntários você pode se machucar seriamente com os dentes da vítima.
-Não lhe dar qualquer tipo de bebida líquida até que recupere por completo.
- Espere que o ataque termine e nunca abandone o doente.
-Não demorar no transporte do doente para o hospital caso a crise se repita ou persista durante mais de 5 minutos.

Espero que o post de hoje seja para vcs tão informativo quanto foi pra mim.
Desejo que nunca tenhamos que passar por uma situação dessas, mas como não se controla o destino, precisamos estar no mínimo preparados para o que rolar.
Para quem ia ficar ausente por conta do tratamento, estou ativa até demais! HAHAHAHA! XD

Cuidem-se e um excelente feriado a todos!
BEIJOS!!!

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