segunda-feira, 17 de junho de 2013

Fragmentos da minha vida: Piolho não se pega, piolho se conquista!

Bem, a história que vou contar é verídica, um dos causos da minha vida, e antes que vc caro leitor, comece a rir da minha cara, saiba que não estais livre disso.
Quem nunca na vida pegou piolho? Ainda lembro com agonia o sofrimento que era tê-los removidos manualmente. Não sei se o pior era tentar manter quieta uma criança hiperativa como eu, ou eu me manter quieta sentindo os dedinhos da minha mãe passeando tediosamente pela minha cabeça, até eles darem lugar a tesoura, acabando com a tortura de forma rápida e dolorosa com a perda dos meu cachinhos.
Porém nada se compara ao fato de pegar piolhos depois de adulto. Sim querido, eu também me recuso a acreditar, mas senti na pele que pessoas limpas e cheirosas estão sujeitas a isso! Sou a prova viva de que piolhos não são somente questão de higiene, mas 50% da causa dessas criaturas virem a habitar em seu couro cabeludo, se deve única e exclusivamente ao mais puro AZAR!
Era final de 2010, ainda morava sozinha em Olaria, e vivia minha vidinha cíclica entre a casa e o trabalho.
Eu andava sentindo umas coceirinhas na cabeça, aparentemente insignificantes, de tão insignificantes que não sei dizer quando começou ou quantos dias duraram, mas me lembro como ontem quando a P*%#@ ficou séria.
Estava no trabalho, e naquele dia em especial (dia este que também não lembro), minha cabeça coçava horrivelmente, a ponto de se assemelhar a pequenas agulhas tentando chegar ao meu cérebro. Minha mente fértil logo começou a viajar durante o ócio do trabalho enquanto eu quase ficava careca de tanta coceira.
Pensamento óbvio: “estou com alergia”, mesmo não tendo alterado nada na minha rotina de higienização capilar, permaneci com essa tese, pois OBVIAMENTE uma pessoa como eu não pegaria piolhos com minha vidinha limitada entre a solidão do meu ap e o ambiente corporativo do trabalho, totalmente imune a crianças e seus amiguinhos chupadores de sangue. Como sou ignorante cara...
Abri a internet, GOOGLE! Lá estou pesquisando sobre coceiras e alergias até me deparar com uma maldita pergunta no Yahoo Respostas. Digo maldita mas foi a pergunta que salvou minha vida e minha reputação. Era uma moça perguntando sobre coceira na cabeça e se poderia ser alergia.
Simplesmente foram duas respostas:

“Vc deve estar com belos piolhos! shuashuashua” e “Talvez sejam piolhos. Peça a alguém pra olhar pra vc pois qnd vc passa o pente eles se escondem”

Eu jamais iria esquecer tais respostas, até porque logo depois de lê-las, senti uma fisgada na cabeça, passei a mão pra coçar, e senti “um carocinho” minúsculo (tensão só de lembrar), “carocinho” este que resolvi puxar com a ponta dos dedos. Ao averiguar, percebi que se tratava de “um bichinho”.
Hoje imagino a m&*%#@ que seria se alguém além de mim visse aquele monstro, ou pior, o visse andando na minha roupa!
Eu, uma pessoa sem filhos, sobrinhos, enfim... totalmente desprovida de um contato social mais estreito com outros seres humanos abaixo dos 7 anos de idade, fiquei com aquele bichinho entre o polegar e o indicador, tentando identificar que espécie de “besouro” era aquela. Até que uma iluminação dos céus me fez buscar “piolho” no Google imagens. Mais uns minutos de comparação entre a anatomia externa do amiguinho e as imagens lá abertas, até que a ficha caiu.
     Um formigamento intenso se apoderou do meu corpo, as vozes ao me redor ficara distantes e tudo ficou em camera lenta até começar a rodar vertiginosamente e eu sentir como se estivesse caindo num abismo de escuridão sem fim.
Peguei uma escova que sempre carregava na mochila, corri e me tranquei no banheiro. Ao escovar grosseiramente os fios, vi que nosso amiguinho não estava sozinho (aí repete o ultimo parágrafo pra cada “besouro” que vi cair no chão). Nessa eu estourei drasticamente meu intervalo, e não conseguia pensar em outra coisa.
Nessa, o Google ficou pequeno diante do meu desespero em me livrar dos novos hóspedes.
Naquela agonia cheguei a dois medicamentos. 
Mal saí do trabalho já fui correndo até a drogaria mais próxima sem me importar com quanto ia custar (cartão de crédito, cheque, um rim) desde que me livrasse das pestes! Eu devia estar olhando muito avidamente para a prateleira de produtos destinados a tal fim, pois uma mulher logo que me viu ali cuidou de se afastar de mim o mais rápido possível. XD
Neuroses a parte, aí vão as dicas:
Revectina, Miticoçan, e vinagre, as melhores indicações que encontrei.
As mães gostam de usar ou um, ou outro, mas preferi não correr riscos.
O Revectina é um comprimido em dose única que vc toma de acordo com o peso corporal, ENTRETANTO, só pode ser ministrado após a remoção das lêndeas, para evitar que os piolhos venham a nascer com resistência ao medicamento. 
O Miticoçan é um líquido, como um “veneno” que mata os piolhos. Ele deve ser diluído em água e há uma dosagem adequada dependendo da idade. Apesar de arder muito e ressecar um pouco o cabelo, não sobra um vivo, somente remover com o pente que vem junto com o vidro.
Nunca demorou tanto pra chegar em casa... Logo que cheguei já fui passar o pente para remover “o excesso”, não sei como descrever meu desespero ao ver aqueles monstros depositando-se sobre o tecido branco, acho que podemos pegar o parágrafo do “formigamento intenso” e elevar a uma potencia de 9 vezes ao infinito.
Terminando a primeira parte do procedimento, aproveitei o banho para ministrar o rémedio. 
Retrato Falado
Efetuei a diluiçao e apliquei na cabeça, que ardor/queimação quando escorre para áreas como testa e atrás das orelhas! Passados os minutos, pente fino! 
E mais meliantes foram embora com a água, porém abatidos dessa vez.
Simplesmente deixei os cabelos secarem, e durante esse processo senti que até a coceira deu uma aliviada considerável. Após secos, a segunda fase do processo: O vinagre. Minha falta de paciencia me impediu de usá-lo de forma correta (na verdade vc dilui numa proporção X de água), então simplesmente joguei o vinagre no cabelo e esperei um tempo para passar novamente o pente fino from hell, dessa vez para remover as malditas lêndeas, ou pelo menos a maioria delas para tomar a Revectina. Tive muito exito nesta desapropriação. 
Tomada a Revectina, daquele dia em diante era um exercício de paciência e perseverança, passar o pente nos cabelos de manhã e a noite, e aplicar o Miticoçan em dias alternados (pelo risco de queimaduras). Creio que esse processo durou cerca de 2 semanas para me declarar oficialmente alforriada!!!
Com tudo isso, aprendi que piolhos são uma questão de destino, ainda mais pra uma pessoa como eu que tem o dom natural de meter em enrascadas. O importante é estar curada, embora ainda seja um mistério como estes inquilinos se instalaram em minhas madeixas, ou pior, de quem vieram...




Um comentário:

  1. Dei boas gargalhadas agora...pois estou passando pela coceira, há três dias minha cabeça coça intensamente, voei na farmácia e comprei miticoçan e ivermectina. Estou com a toalha na cabeça e depois vou passar o pente para ver se realmente estou com piolho, pois minha irmã olhou e não achou nada...Estou neurótica, pois sou professora e tenho um aluno com piolhos até na alma...Ele tem dificuldades e preciso ficar pertinho dele...Pensa no risco que corro!kkkkkkk Cada vez que penso em piolho COÇA HORRORES! Tenho o maior cabelão e as crianças adoram me abraçar! Ai, que meda!

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